O líder deve ser uma fonte de
inspiração para sua equipe, seu cliente e finalmente para ele mesmo. No entanto, primeiro ele deve dar significância ao seu trabalho, o que implica em saber o
que realmente faz, sendo um facilitador e uma pessoa que constrói relações e
resultados em prol de sua equipe, seu cliente e sua organização. O maior
desafio do líder é tornar a empresa uma tríade perfeita, pois há alguns
que valorizam a equipe, outros o cliente e há ainda aqueles que valorizam as
realizações. Naturalmente este tipo de comportamento está intimamente
relacionado ao ramo de atuação da empresa ao qual pertencem, porém o verdadeiro
líder atua da mesma maneira independentemente da atividade fim, não se
escondendo atrás das regras, normas e procedimentos. Ao contrário ele reduz
vícios, potencializa virtudes e amplia a visão. A decisão dele é baseada
em fatores tangíveis, quociente intelectual e, intangíveis, quociente
emocional, ou seja, razão versus emoção. Os fatores tangíveis representados
pelos recursos, metas, objetivos, máquinas, equipamentos, formam o sistema
técnico, contribuindo para 20% do resultado. Os fatores intangíveis
representados pelo preconceito, vaidade, ego, crenças, valores, cultura e
consenso formam o sistema humano, contribuindo para 80% do resultado. Ou seja,
não basta somente o conhecimento técnico é preciso considerar a experiência, a
inspiração e o sentimento de cada um dos integrantes da equipe.
Pessoas ME
Este blog trata da liderança corporativa, onde as pessoas são o centro dos negócios, ou seja, verdadeiras responsáveis por conferir ao trabalho um propósito, oferecendo a todos oportunidade de alcançar uma riqueza plena nas dimensões social, econômica e ambiental. Enfim, ele procura demonstrar a mudança de numerosos departamentos em um único empreendimento, deixando claro a transformação de criatura em criador, colocando a criatividade na mais alta posição.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Conflitos de Gerações
Estabelecer um convívio harmonioso entre as gerações baby boomers, X e Y, de modo que haja um efeito sinérgico, têm sido o grande desafio da liderança. Diante desta sopa de
letras, a apresentação de um bom currículo, fluência em língua estrangeira,
experiência ou intercâmbio internacional e pós-graduação, já não fazem tanto a
diferença no competitivo mercado de trabalho. As organizações compreenderam que
com a chegada da geração y, houve a necessidade de mudar as exigências
curriculares a fim de permitir que o processo seletivo considerasse a análise
da inteligência emocional. Esta mudança de prioridade, fez com que o foco fosse
canalizado não no currículo, mas sim no modo como ela se comportará perante a
cultura e os valores da organização. A compreensão do nível deste alinhamento
permite entender a personalidade, habilidade, versatilidade e a capacidade
deste indivíduo perante uma equipe de trabalho.
É muito mais fácil prover treinamento e competência para uma pessoa, do
que fazer com que ela enxergue a necessidade de mudar seu caráter, atitude,
índole ou comportamento. Além de conhecer
profundamente a cultura da organização, a liderança necessita mostrar especialmente
a nova geração que mesmo em áreas pequenas é possível crescer e ganhar
visibilidade, desde que tenham dedicação, disciplina e paixão por aquilo que
fazem ou se propõe a fazer. Deixar claro e evidente que a experiência dos
profissionais mais antigos é uma fonte gratuita e importante de conhecimento e
que ninguém consegue executar uma atividade sem depender de outras pessoas, sendo
fundamental o exercício do trabalho em equipe. Finalmente, o líder necessita demonstrar
que eles estão apenas no primeiro passo de uma carreira que somente será
promissora se colocar os pés no chão e aprenderem a lidar com frustrações. Como
tudo tem seu tempo, o líder não deve impor mudanças, deve começar por sugerir.
Deixar claro os deveres, obrigações, as jornadas de trabalho e a pressão por
resultados.
A Motivação Humana
Ao recebermos um estímulo, ele é
selecionado pela percepção de cada indivíduo mediante suas necessidades, criando
um estado de tensão ou ansiedade, cuja carência faz surgir um comportamento de
busca pela satisfação. As necessidades podem ser atendidas de forma
total, parcial ou substituta, assim isto dependerá do nível de restrição
que é imposto, seja ela social, econômica, educacional e
fisiológica. Portanto, o comportamento das pessoas é fruto de necessidades
e restrições. Neste contexto, devemos entender a percepção de cada um, pois a
interpretação do estímulo é um processo individual. Assim, poder-se-á transmitir
o estímulo correto, obtendo das pessoas o comportamento desejado. O
grande desafio é estimular a motivação, ou seja, qual o estímulo a ser gerado
para satisfazer as necessidades do líder ou qual o estímulo a ser gerado para que
as pessoas façam aquilo que o líder deseja? É muito importante estudar de forma
abrangente as necessidades humanas, pois elas se constituem em uma grande força
motivadora. Elas estão divididas em necessidades fisiológicas e biológicas
(saciar a fome, a sede, o sono, urinar e defecar), necessidades de segurança
(alimentar-se adequadamente, buscar estabilidade no trabalho e sexo afetivo),
necessidade social (convivência em grupo) necessidade de reconhecimento (buscar
status, moradia e alimentação requintada) e necessidade de auto realização
(buscar desafios mais pelo prazer e menos pelo dinheiro), a qual está
intimamente relacionada aos valores éticos, morais e religiosos. Quem se dirige
ao trabalho apenas para buscar atender suas necessidades fisiológicas, tais
como vestimenta, comida, bebida, moradia, está tentando garantir a
sobrevivência, reduzindo ainda mais as suas necessidades humanas, muito bem
descritas por Maslow. Dentro deste conceito ele acaba ignorando inclusive as
necessidades de segurança, social, estima e auto realização. Porém, na maior
parte do tempo as pessoas estão entre a segurança e o reconhecimento, que é
justamente onde as empresas procuram atuar. A auto realização, não se atende
pelos motivadores materiais e psicológicos, os quais estão relacionados
principalmente as necessidades fisiológicas e de segurança.
Comportamento de Líder
Todo profissional de boa formação que pretende ocupar
um cargo estratégico necessitará do apoio da equipe para atingir os objetivos e
metas estabelecidos, visando à sustentabilidade do negócio, pois é impossível
alcançar resultados factíveis sem uma equipe completamente coesa e alinhada com
a hierarquia, disciplina e princípios da organização. Para que o líder alcance
um sucesso duradouro e verdadeiro, ele deve começar desde cedo a ser um bom
negociador, imparcial, respeitador de prazos, cumpridor de horários, cordial ao
telefone, participativo e pronto a atender as informações e preparado para dar o apoio necessário
ao seu superior, pares e subordinados, não os ignorando, sendo atencioso e
solícito. Não colocar a faca no pescoço ou não colocar as pessoas contra a
parede, sendo ponderado, pensando duas vezes e respirando fundo antes de tomar
qualquer atitude. Deixar todos se manifestarem abertamente e ouvir com atenção
mesmo que o caminho da discussão não lhe agrade, pois isto lhe dará tempo de pensar
com calma e explanar a opinião sem que ela seja conduzida para o campo
pessoal ou intempestivo, evitando uma decisão precipitada e equivocada. Não
confrontar, não armar o espírito, mesmo que outras pessoas o façam. Demonstrar
para todos que é uma pessoa equilibrada, merecedora do poder que lhe foi
concedido, porque um dia quando estiver no comando de uma equipe madura e
experiente, você não gostará de passar por situações vexatórias,
sendo todo tempo colocado à prova ou em cheque quanto a tua autoridade. E se
isto acontecer sentir-se-á irritado, decepcionado, incapaz, inoperante e
desanimado. Se o seu comportamento anterior não foi
condizente com as exigências atuais do seu cargo, o líder terá poder de direito,
mas não terá o poder de fato conquistado perante a equipe, para exigir dela um
comportamento respeitoso e adequado. Neste caso o seu dilema aumentará
colocando-o diante da seguinte situação: se fizer vistas grossas e ignorar atos
como estes desde a primeira ocorrência, a sua equipe pensará que ele trata as
pessoas de acordo com as suas conveniências, sendo parcial e passivo ou que não
possui capacidade ou moral suficiente para tomar uma atitude firme contra
aqueles que não respeitam a hierarquia. Por outro lado, mesmo que atue de forma
autocrática para corrigir os desvios, certamente comentarão entre
si, que ele não tem o direito ou não deveria cobrar este tipo de
comportamento, pois quando estava no mesmo nível hierárquico agia de forma semelhante ou muitas vezes pior. Portanto, o líder deve sempre respeitar todas as pessoas independentemente
do nível em que estejam, pois em qualquer organização são admitidas
dificuldades, fraquezas e deficiências, mas não a falta de respeito e
comprometimento com a hierarquia e a disciplina. Respeito mútuo deve ocorrer em
todos os níveis, sendo que o exemplo deve partir principalmente da liderança.
Sustentabilidade Social, Econômica e Ambiental
A perpetuação de uma organização está
intimamente atrelada a práticas corporativas que respeitem os preceitos e
princípios sociais, econômicos e ambientais. Isto implica em identificar e
planejar ações para mitigar os aspectos e impactos e os perigos e riscos, para
alcançar e manter o desempenho apropriado, bem como promover as mudanças e
adequações necessárias e contínuas, garantindo uma empresa plenamente
responsável. Dentro deste conceito, o meio ambiente, a sociedade, o governo, os
clientes e os próprios colaboradores, são definitivamente partes interessadas
no negócio. Nesta cadeia ou teia de relações e interfaces, repleta de
necessidades e expectativas, as pessoas passam a ser o centro do negócio, uma
vez que esse preceito visa garantir a necessidade dos presentes, sem
comprometer as gerações futuras. Neste universo equilibrado, as condutas, os
valores virtuosos e não virtuosos precedem as normas e procedimentos
estabelecidos que por outro ângulo mantem o sistema padronizado, evitando
vulnerabilidade a desvios e privilégios. Assim, os maiores riscos são os seus
líderes e consequentemente, suas decisões sobre os objetivos, metas e
indicadores de desempenho. Nesta ótica, o verdadeiro desafio das organizações é
encontrar o perfeito equilíbrio entre a liderança, a técnica e a gestão, pois
no líder temos as decisões estratégicas que conduzirão as pessoas a um
propósito único. Ele atua como uma bússola, indicando o azimute correto. No
corpo técnico encontramos os projetos que estarão alinhados com o planejamento
estratégico definido pela liderança em conjunto com toda a equipe. E finalmente
na gestão teremos a aplicação e o gerenciamento dos objetivos e metas traçados
em todos os níveis hierárquicos. Este perfeito alinhamento, implica
inicialmente em transformar gestores em líderes de modo que estes atuem como facilitadores,
moderadores e guardiões, das boas práticas oriundas da tomada de decisões
assertivas. Como não é possível e nem salutar transformar todos os gestores e
técnicos em líderes, já que a organização também depende deles, é preciso
mantê-los motivados mediante no mínimo a possibilidade concreta de crescimento
horizontal atrelado a desafios constantes. Isto dará ao trabalho um propósito,
o qual despertará nas pessoas a motivação necessária para buscar e atingir
objetivos, metas comuns e sustentáveis. Esta mudança de conceito transformando equilibradamente
gestor em líder facilitará a condução da empresa a um nível onde ela seja
socialmente responsável, ambientalmente correta e economicamente justa.
A Comunicação Corporativa
É o processo pelo qual as pessoas
trocam informações, transmitem e interpretam seu significado. Em uma
comunicação eficaz a informação deve fluir da fonte emissora para a receptora
corretamente, de modo que ao final da mensagem haja uma resposta adequada ao
estímulo recebido, ou seja, comunicação não é que você fala, mas o que o outro entende.
Caso existam falhas neste processo, causados pelo diferentes ruídos, como
consequência poderá haver desvios de comportamento tais como, falta
de compreensão, baixa produtividade e diluição da autoridade, a "rádio peão”, onde
o subordinado recebe as informações primeiro que o líder. Portanto, saber se
comunicar é um dos mais importantes atributos para qualquer pessoa ou empresa, neste contexto ela deve ser eficaz abrangendo todos os níveis hierárquicos. Onde ela
é realizada de forma clara, objetiva e transparente, não há espaço para a
fofoca, melindres ou ruídos. Há diversas maneiras de o líder estabelecer um
canal de comunicação com sua equipe, conversa, cartaz, mural, telefone, e-mail,
rádio, jornal, informativo, faixa. Não importa o meio com o qual ele se
comunica, o mais importante é evitar que determinadas formas de comunicação
criem uma barreira entre o líder e sua equipe. No mundo moderno tem se
destacado a comunicação virtual, que universalizou e acelerou o acesso as informações,
uma verdadeira revolução no modo de se comunicar. Porém, ela está tornando os
relacionamentos interpessoais frios e distantes. E o que é pior um e-mail gera
outra dezena de e-mails, sem necessariamente que o problema seja resolvido após
a troca de uma centena deles. É bom lembrar que nada substitui uma boa conversa
e uma visita às estações de trabalho. O verdadeiro líder deve exercitar a
afetividade circulando em todas as esferas do empreendimento, tratando a todos como iguais independente do nível que ocupam, bem como exercitar a empatia, que trata de ouvir para ser ouvido.
O Modo de Decidir
O verdadeiro líder não decide sobre a
pressão de seu superior ou de sua equipe. Quando toma decisões de bate pronto
motivado pelo momento ou pela ansiedade de resolver um problema, ele corre o
risco de tomar decisões precipitadas e equivocadas. O líder assertivo, diante
de uma situação que exija uma resposta rápida, deve ouvir o seu interlocutor,
questionar, filtrar, anotar, pensar sobre o problema e suas variáveis, causas e
consequências, para então com calma tomar uma decisão sábia, baseada em fatos e
não somente em argumentos, equilibrando o emocional e o racional. Nos momentos
mais tensos é que se deve ter calma na hora de decidir o que fazer, pois caso
contrário corre-se o risco de uma decisão equivocada complicar ainda mais uma
situação, trazendo consequências materiais, humanas, ambientais e econômicas,
irreparáveis ou no mínimo questionáveis. Em todos os casos, o maior inimigo do
líder é o imediatismo em buscar uma solução, procurando demonstrar que se trata
de uma pessoa com respostas para tudo, quando no fundo se esquece de que as
perguntas é que movem as decisões, pois sem elas não há respostas. Tomar
decisões significativas é o maior desafio que um líder pode enfrentar, pois
neste caso a sua capacidade de liderar é colocada à prova. Muitas pessoas
querem que as decisões sejam tomadas na hora, sem muitas chances de raciocínio
ou questionamentos por parte de quem decide, pois isto facilitará a
aprovação de algo, cujo interesse é muito mais voltado para uma área específica do que propriamente para a organização como um todo. Isto implica
colher assinaturas de contratos, documentos, notas fiscais e promoções no
corredor ou bem próximo do término do expediente, quando o líder está deixando
a sala para ir embora. Expressões como “assina esta promoção, é um aumento
pequeno e merecido”, “se você não assinar o pagamento vai atrasar”, “a nota
fiscal vence hoje, falta somente sua assinatura”, “o prestador está esperando o
seu parecer”, dentre outras, tornam-se comuns e rotineiras. E o que é mais
engraçado, muitos dos documentos já vem inclusive carimbado, faltando
justamente a assinatura de misericórdia. Costumo dizer que muitos
gestores tentam pegar o superior na curva do rio, ou seja, procuram apoiar seus
interesses profissionais e indiretamente pessoais nos pontos cegos da gestão
corporativa. O bom líder procura fugir destas armadilhas ou pegadinhas, muitas
vezes surgidas sem maldade, pois a maioria pode estar associada a desvios ou
ineficiência de processos, apoiados em procedimentos burocráticos e morosos,
que acabam exigindo outras artimanhas dos gestores para fazerem os processos
fluírem. Alimentar este círculo vicioso, não agrega nada para tornar a gestão
eficiente e eficaz, ao contrário estes momentos além de roubar um tempo
precioso do líder, pode conduzir a erros ou equívocos, que comprometerão a
liderança como um todo.
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